terça-feira, 9 de abril de 2013

Na mira do publico alvo


O leitor de mídia impressa talvez nunca tenha reparado na forma que os jornais trabalham com seus textos, estilos de produção e também as formas de linguagem. O Jornalista Ricardo César Datrino fez uma analise cientifica interessante sobre os irmãos do grupo Folha (jornais), Folha de S. Paulo e Agora S. Paulo.

Durante o final do campeonato brasileiro de 2007 até o Paulistão 2008, Datrino focou nas noticias envolvendo o Corinthians e quis entender como funcionava a produção dos textos da Folha e do Agora, e acabou percebendo que em alguns textos a linguagem dos dois é bem diferenciada. No Agora S. Paulo, sempre percebemos algumas linguagens populares logo no titulo ou na linha fina como: Timão, Tricolor, Peixe e Verdão. Apelido dado para os quatro grandes de São Paulo, diferentemente da Folha que chama os clubes pelo nome: Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras. 

Outro ponto analisado pro Datrino é as chamadas das matérias, algo que me chamou atenção no Agora SP foi as conotações populares que o jornal usa, exemplo disso foi esse titulo: “Gol trapalhão dá uma força para o Timão”, observem a palavra trapalhão,  que na conotação do editor do Agora, quer dizer  sem querer ou até mesmo que ocorreu uma confusão na hora do gol.

Por um ângulo a Folha de S.Paulo trabalha de maneira diferente mais intelectual para o seu publico: “Corinthians surpreende, afasta crise e vence o Santos”,  notem que as palavras surpreende, afasta e vence,  ninguém imaginava (Surpreende) que o Corinthians ganharia (venceria) o Santos e espantava (afastava) a crise, linguagem que nunca perecemos, mas que sempre esta presente no dia-a-dia do jornais.
Concluindo a ideia do Datrino das linguagens na mídia impressa, é que pode mudar o jornal (Agora S.Paulo e Folha de S.Paulo) e o leitor, mas o conteúdo da notícia será o mesmo, o que muda simplesmente é a maneira como ele é contado, visando principalmente o publico alvo.

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